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Caso Phormar: Polícia Civil apreende computadores e contratos na sede da empresa. Proprietário presta depoimento.

Por Rádio Catedral



Depois de uma série de denúncias de não realização de festas de formaturas previamente agendadas por meio da empresa Phormar, a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar os fatos. Na manhã desta segunda-feira, dia 9, o proprietário da empresa foi intimado e prestou depoimento na delegacia. O investigado não foi preso, mas entregou o passaporte e se comprometeu a não sair da comarca de Juiz de Fora, onde o caso está sendo apurado.


O delegado Samuel Neri, responsável pelo inquérito, também determinou à equipe de policiais civis da 7ª Delegacia Distrital que apreendessem o aparelho celular do investigado, computadores da empresa, documentos e contratos dos fundos de formatura. Os documentos serão agora analisados.


O delegado também já adiantou que outras diligências serão realizadas. As investigações seguem sob sigilo. Várias ocorrências foram registradas, mas a princípio todas serão juntadas em um único procedimento.


A Polícia Civil já apurou que a empresa administrava também um fundo de formatura no Estado do Rio de Janeiro, o que também será investigado. Por decisão judicial, as contas da Phormar já foram bloqueadas. A empresa permanece fechada. Ainda segundo a Polícia Civil, os representantes dos fundos de formatura serão intimados em breve para prestar depoimento.


O Procon de Juiz de Fora também abriu investigação preliminar nesta segunda-feira, dia, 9, por risco de um “calote” geral em fundos de formatura. O sócio-administrador da empresa foi notificado pelo órgão de defesa do consumidor e deve prestar esclarecimentos em até 72 horas. 

 

O Procon ainda exigiu a apresentação da quantidade de contratos ativos com fundos de formatura com especificação dos contratos e dos fundos contratantes, da identificação dos contratos em que houve movimentações bancárias não autorizadas, do valor total que se encontra pendente de restituição aos fundos e da forma de pagamento e prazo para restituições de valores.

 

Segundo a superintendente do Procon, Tainah Marrazzo a atuação imediata do órgão, especialmente em casos de repercussão coletiva, é fundamental para prevenir danos irreparáveis aos consumidores, garantindo a proteção de direitos, a promoção de um mercado mais justo e transparente e a efetiva entrega da prestação do serviço público.


A Associação Brasileira de Empresas de Formatura (ABEFORM) também se pronunciou nesta segunda-feira sobre o caso. Em nota, a entidade lamenta a situação delicada dos fundos de formatura administrados pela empresa Phormar e informa que a empresa não é associada à ABEFORM e que os fatos relatados pelos fundos de formatura definitivamente não representam o setor, as práticas e a conduta que a associação defende.


A associação também diz já ter acionado as empresas associadas da região, solicitando que busquem alternativas, junto à rede de fornecedores, para que, de alguma forma, consigam aos fundos de formatura afetados, principalmente aqueles com data de colação de grau e festividades mais próximas, a oportunidade de viabilizar, mesmo que de forma mais simplificada, os seus eventos.


A Rádio Catedral entrou em contato com a empresa Phormar sobre as denúncias, mas não obteve retorno.

 

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